Desde o início de outubro, a obrigatoriedade de preencher os campos do Global Trade Item Number (GTIN) nas Notas Fiscais eletrônicas (NF-e) e nas Notas Fiscais de Consumidor eletrônicas (NFC-e)  foi estendida para um novo grupo de mercadorias. 

Essa exigência, prevista na Nota Técnica 2021.003 versão 1.40, está diretamente ligada à Reforma Tributária e à Lei Complementar 214/2025, que regulamenta a redução de alíquotas do IBS/CBS para certos setores. 

 

O que é o GTIN? 

O GTIN é um código internacional usado para a identificação de produtos. Basicamente, ele exige que a cadeia comercial — incluindo distribuidores e varejistas — verifique se os códigos de barras utilizados estão cadastrados na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e se correspondem ao produto. Caso o campo seja preenchido de forma errada, a nota fiscal pode ser rejeitada pela Sefaz, ocasionando autuações. 

Inicialmente, a exigência referida na Nota Técnica foi aplicada ao setor alimentício, mas com a atualização da versão1.40, passou a incluir outros segmentos (como produtos de higiene pessoal e limpeza) vinculados a benefícios com redução de alíquotas do IBS/CBS, conforme definido na Lei Complementar 214/2025. 

Confira a lista dos segmentos que devem preencher corretamente o GTIN a partir de outubro 

Para cada categoria, a porcentagem de redução e a base legal são especificadas nos anexos da LC 214/2025, conforme descrito abaixo: 

  

100% de redução: 

  • Produtos alimentícios para consumo humano (Anexo I); 
  • Dispositivos médicos (Anexo XII); 
  • Dispositivos de acessibilidade (Anexo XIII); 
  • Medicamentos (Anexo XIV); 
  • Produtos hortícolas, frutas e ovos (Anexo XV). 

  

60% de redução: 

  • Dispositivos médicos (Anexo IV); 
  • Dispositivos de acessibilidade (Anexo V); 
  • Nutrição enteral, parenteral e fórmulas especiais (Anexo VI); 
  • Alimentos para consumo humano (Anexo VII); 
  • Produtos de higiene pessoal e limpeza (Anexo VIII); 
  • Insumos agropecuários e aquícolas (Anexo IX). 

  

Como o GTIN deve ser informado? 

  

Produtos com GTIN:  

Se o produto tiver um código de barras vinculado a um GTIN, o número deve ser informado nos campos cEAN e cEANTrib. A validação desses dados ocorrerá junto ao Cadastro Centralizado de GTIN (CCG). 

 

Produtos sem GTIN:  

Nesses casos, os campos obrigatórios devem ser preenchidos com a expressão “SEM GTIN”. 

 

Obrigatoriedade na nota fiscal de venda:  

Mesmo que o GTIN não apareça na embalagem, se ele constar na nota fiscal de aquisição, sua reprodução na nota fiscal de venda é obrigatória. 

  

Indústrias, distribuidores e varejistas dos setores indicados devem estar atentos ao preenchimento correto do GTIN. 

A Certacon é especialista em Compliance e Terceirização Contábil/ Fiscal/Tributária, com 32 anos de experiência no mercado. Caso precise de apoio nesses segmentos, o time de profissionais Certacon está à disposição para ajudar. 

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail: atendimento@certacon.com.br 

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